sábado, agosto 13, 2005

O Fim

O "nós" desfaz-se
sobre os nós atados,
e sinto um fim precoce
do curso do imponente rio
que de uma imutável sempre
nunca pode durar sempre

demos ao tempo tempo
para que possa copular com o momento
demos razões ao esquecimento
para se perder nos nossos olhos
demos asas e vento
ao sonho estéril que somos nós
demos tudo o que pudemos
mesmo que fosse apenas um pedaço a menos de tecido

de tudo o que demos,
nada resta,
só o silêncio
e restos do que não resta
sobre dois corpos
dormentes
e frustrados.
é
imutavelmente

O Fim.

2 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Um dos poemas mais bonitos que já passaram por aqui. Concorrente ao poema mais bonito. Parabéns.

13 agosto, 2005 23:55  
Anonymous Anónimo said...

Já me tinhas mostrado esse poema. Disse-te logo k era triste e há a pequena hipótese d n vir a acontecer... Luta pelo o que queres ;) Beijo

14 agosto, 2005 22:27  

Enviar um comentário

<< Home


Track referers to your site with referer.org free referrer feed.