sábado, agosto 13, 2005

O ovo

e do ovo em que nasci
que se rebente a sua casca
e das janelas entreabertas
mais um vidro se estilhaça
e no meu esquisso sombrio
mais uma linha se traça
no espelho em que vidro
a poesia jaze escassa
no retrato que eu sou
minha tela se enterlaça
com as cores que me pinto
com o que quer que eu faça
adeus, meu caro ovo
quero ser livre de causas
se fui feito para nascer
pinto agora as minhas asas

Track referers to your site with referer.org free referrer feed.