domingo, junho 26, 2005

Menino da Lua (II)

Ás vezes ainda teimo em te encontrar
Mas amarro-me nos desejos
Para não mais te abalar
Sei que tudo em ti são segredos
Habitas no bosque encantado
Que perdi neste caminho
E não saberia mais voltar
A enfrentar a lua onde te guardas
Solitária e assustada
Ah... Soubesses tu a verdade
Que me rasgou a alma
E os confrontos ininterruptos
Por negar a voz daquela alva
Em que um sonho me acordava
Jamais te desprezaria
E olhando para trás
Não percebo como nada te denunciou
E por isso os meus olhos teimam
Em te enfrentar ainda
Sabendo que te verei sempre
Como aquele menino que abraçava a lua
No seu manto mágico de estrelas nuas
À espera que uma Papoila lhe sorrisse
E por trás dos sonhos em que se uniam
As mãos os corpos e os destinos
Vi que as suas máscaras não ruíam
Evitando mágoas, feridas e desatinos
(Maio 2005)

6 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Gostei muito. Consegue ser sofrido e singelo ao mesmo tempo, não sei bem explicar a sensação que me causou. Além do que está excelentemente bem escrito. E acredita (acho que já to disse), há mesmo (muito muito muito) pouca escrita feminina que me cative.
Beijo
Continua a escrever desta forma maravlhosa.

27 junho, 2005 22:37  
Anonymous Anónimo said...

Por saber que és sincero e que se nada disto que eu escrevo te agradasse me dirias sem rodeios, me sinto cada vez mais encorajada a aventurar-me nesta loucura sem futuro que me traz a liberdade!!!
Rui, muito, muito obrigada!!! :o) É bom ser a única escrita no feminino por aqui!!!

28 junho, 2005 22:31  
Blogger vxcvxvc said...

Como dizes, eu sou sincero, portanto comigo não tens nada a temer, só digo o que penso e sinto. Além disso sou o teu fã nº 1 e o teu maior apoiante, aventura-te, faz loucuras, daquelas saudáveis. A vida é para ser louca, já dizia o Ricky Martin. Lol, é melhor não pensares nesse. Mas pensa no que eu digo, voa.
beijo

28 junho, 2005 23:53  
Anonymous Anónimo said...

Eu voo, o pior vai ser quando me estatelar no chão... Mads enquanto se voa não se pensa... Melhor assim... "Pensar cansa como andar à chuva", lá dizia Alberto Caeiro...

P.S: Com que então meu fã nº1??? Gostei de saber!!! ;o)

30 junho, 2005 18:30  
Blogger vxcvxvc said...

O voo é uma coisa. A queda é outra. E não se deixa de voar por se ter medo de cair. E se cairmos, levantamo-nos. Beijo

30 junho, 2005 20:47  
Anonymous Anónimo said...

Sim... Levantamo-nos sempre, é verdade!!!... E mesmo morrendo, morreremos sempre de pé, como as árvores...
Mas que melancolia esta a entorpecer-me a mente, bahhh, nem parece meu!!! ;o)
Beijo...

30 junho, 2005 20:53  

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