domingo, junho 26, 2005

a dádiva das rãs

as rãs acasalam ao entardecer
insólito como me tinjo de ti
ao escutá-las no rito aflitivo
de amor e de prazer
as rãs figuram sobre as horas
E por isso inicia-se uma estória
Em que na Foz houve momentos
Em que as vozes dos seus cantos
Me impediram de morrer à tua espera
Há rãs também no Tâmega, sabias?
E na ribeira de Sta. Natália onde as ouvias
Sem saberes que eu as veria
Ridículo, pensar nisso, mas
Aquelas rãs viscosas fizeram mais por mim
Que todas as distâncias que instalamos
Sem saber às nossas portas

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