sexta-feira, junho 24, 2005

A todas as vidas que por mim passam sem vida...

vejo tristeza espelhada em tantos rostos
vidas cinzentas de onde escorrem tais desgostos
misérias inconformáveis as que defronto
vejo no íntimo corações apodrecidos
vejo e não lhes sei roubar a dor dos seus sentidos
há abismos que os atraem sem retorno
e não me lembro que a vida fosse gerada
sempre a este ritmo, sem princípio
e é por isso que a essas vidas eu dedico
estas lágrimas perdidas que assino
em que ao vê-las lhes confirmo a beleza
que jamais alguém avistará em tal pobreza

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