quinta-feira, junho 23, 2005

A Primeira Papoila do meu Jardim

Nasceu a primeira papoila
No meu jardim
Ajudei-a a livrar-se da cápsula
Que ainda a protegia
Fechada sobre si mesma
Olha como é bela e frágil!
A silhueta esbelta
O porte humilde
Ainda mal corada
É jovem a pequena papoila
Que sobrevive no jardim
Acolho-a com carinho entre os dedos
Seguro-a de mansinho
E conto-lhe um segredo
Do menino que habita
O seu cálice silvestre
E digo-lhe que assim que ela romper
Farei dela um livro
Onde esculpirei a memória
Do menino que dança sobre as pétalas
E que aprendi a amar na descoberta
Na cúmplice percussão das nossas telas

4 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Poema singelo, bonito, quase infantil (no bom sentido). Ao lê-lo parecia que uma menina estava a lê-lo para mim em voz alta, como que a contar-me uma estoria. Muito bonito. Há muito que um poema não me fazia sorrir com um sentimento tão naíve, tão ingénuo, tão bonito.

24 junho, 2005 00:52  
Anonymous Anónimo said...

Gostei tanto do teu comentário! Era essa a imagem que queria passar, ainda bem que a consegui transmitir!!!
Um sorriso enorme :o)

24 junho, 2005 12:58  
Blogger vxcvxvc said...

É bom ver-te sorrir (é obvio que não vejo, mas imagino) e fico feliz por teres conseguido passar a imagem que querias. Mas gostei mesmo muito do poema, não era um simples passo diplomático. Além disso, gosto quando não estás tão triste :)

24 junho, 2005 21:42  
Anonymous Anónimo said...

Outro sorriso enooooooorme! :o)

24 junho, 2005 21:58  

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