domingo, junho 19, 2005

Para D.Q.

viajei ontem ao som de serenatas
ouvindo aquelas que, dormindo me cantavas

percorri com os meus dedos tão famintos
as imagens e as palavras segredadas

adormeci, sentindo-te sorrir pelo destino
em que estranhos factos nos demoviam os sentidos

mas proibi-me e proíbo-te que destes fados nos nasça o perigo
de nos envolvermos além do permitido

não vês?... olha como são distantes os meus passos
olha como me desfaço de muralhas e de enganos

não cries nesta vida mais um delito
já são demais os perdidos em que habito

2 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Por mais estranho que pareça, sei do que estás a falar, conheço a sensação, e identifico-me. Este foi sem dúvida o poema teu com que mais me identifiquei.
O que já não é assim tão bom na vida...

20 junho, 2005 19:42  
Anonymous Anónimo said...

Pois não... Eu não me perdoo nunca quando, involuntariamente, acabo por habitar corações onde nunca vou poder viver...
Este foi o mais recente "desgosto" que dei...E não é fácil...
Espero que esteja tudo bem contigo... Um beijinho

22 junho, 2005 11:08  

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