quarta-feira, julho 13, 2005

De regresso à demência prolongada

Existem mistérios contidos em nossas casas
Que a ninguém confessamos
Existem fantasmas secretos que encerramos
E é por eles que fingimos e voamos
Evadindo-nos da prisão que nos afasta
Ou caindo em porões que não cavamos

Quantas paixões matamos?

Quantas vidas que se uniram seguem distantes?

Quantas loucuras nos seduzem o corpo e deslizam-nos na mente como antes?

Olho para trás ainda hoje
Sabendo que daqui a muitos anos
O farei com o mesmo fardo
Olho e vejo-me, escondendo que te amo

Encerro em ti o afecto e a vontade
Lua silvestre de mil faces e sorrisos
Lua dispersa, apurando meus sonhos
Esmagando os meus sentidos

Amor impossível
Minha loucura e meu encanto
Nuvem dispersa em cujo núcleo
Eu me quebranto

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