quinta-feira, julho 14, 2005

Sentes-te capaz de perseguir o vento?... (II)

É por seres como o vento
Que eu me encanto

Alguém se sente capaz de perseguir o vento?

Repito-me no prazer insustentado
Avanço, secreta, no limbo da noite deserta
Escorro pelas paredes
E derramo-me, espessa, na tua cama
Enquanto a noite espera

Num instante és tudo, noutro és nada
Num instante és vício, noutro és incêndio
Num instante és mágico, noutro és verdade
Num instante és calma, noutro és geada
Num instante és água, noutro és espada
Num instante és mágoa, noutro és saudade
Num instante és chuva, noutro és miragem

Alguém se sente capaz de perseguir o vento?

Melhor que não o faça, porque o segredo está em esquecê-lo...

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