segunda-feira, agosto 15, 2005

os Estilhaços

Já não há nada a dizer.

a tinta com que escrevemos o amor
toma agora a cor do papel
a tela onde esboçava o teu sorriso
não é mais que um retrato de cépia
os teus olhos eram luas cheias
que já não ardem nas noites brancas
o teu luar que foi o mundo
agora toma o seu lugar de corpo
o meu coração assaltado escreve agora
a restituição dos estilhaços
e nascem muros em mim onde
os segredos, todos eles
são uma caixa por fechar.
e das mãos entrelaçadas
jaze um nós estilhaçado

que morre nestas noites sem luar.

13 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Eu gostei deste mas achei que podias ter-te esforçado para o tornar mais musical, ritmado. Basicamente, podias ter feito melhor com a mesma ideia.

15 agosto, 2005 12:14  
Anonymous Anónimo said...

Rui, eu não concordo, acho que o Miguel não deve alterar em nada o poema, achei bonito e há um sentido ritmico escondido atrás da mágoa que sentimos ao lê-lo!!!
É bom estar de volta, meninos!!!
:o)

15 agosto, 2005 13:52  
Blogger vxcvxvc said...

Vocês os dois entendem-se mais. São mais trágicos. Eu continuo a achar. Mas vocês sabem mais desse estilo que eu lol

15 agosto, 2005 13:58  
Blogger Nastenka said...

As tantas tens razão... lol
É bom regressar aqui, Rui, espero que esteja tudo bem contigo! :o)

15 agosto, 2005 14:30  
Blogger vxcvxvc said...

Está. Dentro do possivel claro. Nunca está tudo bem comigo. Eu sou louco lol.

15 agosto, 2005 14:33  
Blogger Nastenka said...

Somos dois, então!!! ;o)

15 agosto, 2005 18:09  
Blogger Chavalier de pas said...

Trés

15 agosto, 2005 19:29  
Blogger vxcvxvc said...

6 porque eu sou esquizofrénico lol

15 agosto, 2005 19:55  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns...o melhor que pode haver em nós é a nossa propria loucura...

15 agosto, 2005 20:40  
Blogger Pedro said...

eu tenho dupla personalidade mas não sei se interessa. Eu acho que o poema está bem como está, sou adepto da criação precoce e crua, acho que o primeiro impulso é sempre o que espelha mais os nosso sentimentos ainda crus sem influências exteriores.
Por algum motivo recôndito na minha miserável massa encefálica o poema fez-me lembrar uma imagem de uma caneta em ponta de pena cravada na carne frágil do ser humano, o ser humano é por natureza um ser frágil que se fortalece à custa de inebriantes mentiras sobre os seus medos.

15 agosto, 2005 22:08  
Blogger Chavalier de pas said...

magnifico. isso tá tudo no meu texto? que giro.

16 agosto, 2005 11:16  
Blogger vxcvxvc said...

looooooooooooooooooooooooooooooool
Miguel és tão cómico

16 agosto, 2005 12:02  
Blogger Pedro said...

...
andem a gozar comigo seus bandalhos =P ok já vi que tenho de deixar de vir aqui comentar ... sou mal tratado e tal... ligar para a spa...woof woof... sim miguel está tudo no teu texto segundo a minha observação opiana...
quando vamos ao champagne ou ah passerelle? hum?

16 agosto, 2005 14:20  

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