quarta-feira, agosto 17, 2005

O chão de tudo

senti o sólido chão,
desamparado e sem asas para mais
estatelei o rosto no solo, de tudo.
no chão do mundo.
voar derrepente pareceu impossível
e apenas me deixei cair
na dureza do horizonte
no cheiro moribundo da merda!

as nuvens deixaram de ser o meu lar
as estrelas deixaram de acompanhar de silêncio o luar
e aqui,
selado no meu poiso
jazo,
toda a verdade:
as vezes ódio outras vezes amor,
me entrincheirou
entre o chão duro que me amparou
e o ar pesado que me fez permanecer
atado a um solo
de uma terra estranha,
existente
mas pouco.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

as estrelas são o luar da nossa alma, podes não estar a vê-las, mas senti-las

18 agosto, 2005 10:08  
Blogger Chavalier de pas said...

"I found stars inside, use to be a spark and now it's a light" (dawn) lol...
amiga há alturas que só a escuridão nos contemple e só ela a podemos contemplar. neste momento, peço desculpa, mas não consigo fazer poemas sobre as estrelas que sinto porque tudo aquilo que tenho é o meu corpo dormente, caido no chão de uma forma crua. não há luz em mim, mas sou uma pessoa feliz! nada quebra o meu sorriso

fica a promessa de que me irei erguer.

18 agosto, 2005 10:49  
Anonymous Anónimo said...

Isso é bom, que o sorriso nunca se quebre, a escuridão é boa desde que saibamos estar nela, por vezes é bom estarmos sós, mas temos de saber estar para não afundarmos, pensa nisso e sorri bastante, em primeiro lugar gosta de ti, tal com és...

18 agosto, 2005 11:55  
Blogger Raquel Vasconcelos said...

Qual anjo caído...

22 agosto, 2005 23:03  

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