quinta-feira, junho 30, 2005

Não penso... Mas gasto-me nos teus lábios...

O teu amor transformou a minha vida numa agonia
A tua máscara destituiu-me da alegria
Depois de ti os dias sucedem-se sem agrado
Nada há neles que me anime
Nada há neles que me cative
Só a tua presença sombria
Caminha ainda a meu lado
Só a tua ausência me deslumbra de cenários
E o ópio que cresce dos teus lábios
Embebede-me a mente de cansaço
Deixo que o meu corpo sucumba
Aos teus íntimos segredos
Não penso...
Em ti há só desejos que reprimo
Porque está na minha mão conceder-nos a vitória
Está na minha mão resgatar-te a esta estória
Ao desespero desse corpo adulterado
Quase morta, avanço contigo
Exausta no caminho
Persisto em acompanhar-te
Num rasto que se perde
E que em espuma anda perdido
Não vou morrer contigo na tempestade
Nem na doença
Prometo-te, prossigo lavada em sangue,
Mas resisto e basta-me um sopro de vida
Que me alcance a mão para que eu vença
E te arranque da barreira que me fende

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