Teu
posso sentir-te,
debaixo das pedras frias
desta calçada
posso sentir-te,
enquanto descanso as pálpebras
que fartas estão
de serem atropeladas
pelo que vêem
posso sentir-te,
enquanto as lágrimas caiem
secas
do meu rosto
no outono da vida
posso sentir-te,
a cada compasso de silêncio
do meu vazio melódico
posso sentir-te,
quando olho para o teu retrato
decorado de flores
que jazem pálidas
no teu leito
nada parece
alguma vez,
ter parecido.
debaixo das pedras frias
desta calçada
posso sentir-te,
enquanto descanso as pálpebras
que fartas estão
de serem atropeladas
pelo que vêem
posso sentir-te,
enquanto as lágrimas caiem
secas
do meu rosto
no outono da vida
posso sentir-te,
a cada compasso de silêncio
do meu vazio melódico
posso sentir-te,
quando olho para o teu retrato
decorado de flores
que jazem pálidas
no teu leito
nada parece
alguma vez,
ter parecido.
6 Comments:
Finalmente um poema teu que me faça tremer. E que me faça exclamar algo que não exclamava há muito tempo: Com poemas assim, tenho vergonha de escrever aqui.
nem todos conseguem. porque a poesia tem que ser sentida. não pode ser forçada. Parabens pela poesia que tem na ponta dos dedos.
muito obrigado aos dois. Lyra, tens o mesmo nome que a minha cadela, não leves a mal, é mesmo.
mas quanto ao conseguir, acho que é muito dificil conseguir boa poesia...eu não consigo.
acho que é evidente para todos que consegues, não só boa, magnífica, ou na palavra que tanto gostas, excelsa lol.
Adorei!
Este poema tá lindo!
Este site está espectacular, não só pela poesia, mas também pelas pessoas que a fazem!
Beijos
muito bom este poema.parabéns ao blog.
http://amcosta.blogs.sapo.pt
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