sábado, setembro 10, 2005

Teu

posso sentir-te,
debaixo das pedras frias
desta calçada
posso sentir-te,
enquanto descanso as pálpebras
que fartas estão
de serem atropeladas
pelo que vêem
posso sentir-te,
enquanto as lágrimas caiem
secas
do meu rosto
no outono da vida
posso sentir-te,
a cada compasso de silêncio
do meu vazio melódico
posso sentir-te,
quando olho para o teu retrato
decorado de flores
que jazem pálidas
no teu leito

nada parece
alguma vez,
ter parecido.

6 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Finalmente um poema teu que me faça tremer. E que me faça exclamar algo que não exclamava há muito tempo: Com poemas assim, tenho vergonha de escrever aqui.

10 setembro, 2005 15:52  
Blogger Lyra said...

nem todos conseguem. porque a poesia tem que ser sentida. não pode ser forçada. Parabens pela poesia que tem na ponta dos dedos.

10 setembro, 2005 22:02  
Blogger Chavalier de pas said...

muito obrigado aos dois. Lyra, tens o mesmo nome que a minha cadela, não leves a mal, é mesmo.
mas quanto ao conseguir, acho que é muito dificil conseguir boa poesia...eu não consigo.

10 setembro, 2005 23:45  
Blogger vxcvxvc said...

acho que é evidente para todos que consegues, não só boa, magnífica, ou na palavra que tanto gostas, excelsa lol.

10 setembro, 2005 23:47  
Anonymous Anónimo said...

Adorei!
Este poema tá lindo!
Este site está espectacular, não só pela poesia, mas também pelas pessoas que a fazem!

Beijos

13 setembro, 2005 21:08  
Anonymous Anónimo said...

muito bom este poema.parabéns ao blog.
http://amcosta.blogs.sapo.pt

14 setembro, 2005 08:28  

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