domingo, outubro 02, 2005

Memórias permanentes

Com o vento se foi
A vontade de chorar.
A vida é dura
Sim.
Mas complexa?
Só para quem assim
A quer ver.

Deixar-te
Ainda não é algo que faça
Sem mentir ao vento.
A noite
Ainda permanece
Prisioneira
Do teu olhar

Não sei adormecer
Sem os teus lençóis imaginários
E o teu beijo
Jaze gasto
Nos meus lábios
Que te rescrevem
Na escuridão
Do teu sonho

Continuo a escrever-te cartas
Interditas e sem dono,
O meu correio insiste
Em ser teu,
E repetirei as memórias esperançosas
Infinitamente,
Neste canto enganoso,
E rumarei a ti
Levado pela força do vento
Com as velas frágeis
Do barco incerto da saudade.
Sim...!
Morrerei na tempestade
Dos amantes
Que adiam
O coração.

3 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Tu és a versão masculina da Nastenka e ela é a tua versão masculina. Quase que podia jurar que este poema era dela. Vocês têm os dois a mesma ponta de tragédia grega. Com tantas semelhanças (de forma e de qualidade), até me sinto um intruso.

03 outubro, 2005 00:30  
Blogger Nastenka said...

lol
Por acaso parecia meu... Talvez por isso tenha gostado tanto... Sabes, Rui, eu acho que o Miguel tem uma forma de sentir semelhante à minha, ou pelo menos é o que transparece dos poemasd...
Beijinhos e desculpas pela minha ausência em Lisboa :o(

03 outubro, 2005 01:41  
Blogger vxcvxvc said...

Pois parecia lol e não há nada de mal nisso :) Deve ser por isso...
Não faz mal, fica para a próxima :)
Beijo

03 outubro, 2005 20:05  

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