quarta-feira, setembro 21, 2005

Outra porta

Para além do horizonte
está algo igual,
outras novas terras
que não diferem
nem por um sinal.

como gemeas puras
que não têm a mesma cor,
uns com pigmento
outros com pudor
mas todos com o mesmo jeito
de dar todo o seu amor.

todos temos frustrações
todos temos nossos ódios,
o que todos choramos
são lágrimas
que se perdem nos seus própios códigos

por isso não vale de nada
ter um pequeno lugar
para o racismo
e a para a guerra nuclear

olhem bem nos olhos
deste novo irmão
perguntem-lhe se sabe
o que é a alienção
se conheçe a filosofia
ou quem é que foi platão
não! não sabe
mas conheçe bem o sabor
amargo, da solidão

então porque se nega o direito
de pertencer á cepa-torta?
porque se nega a outra cor
o abrir de outra porta?

2 Comments:

Blogger vxcvxvc said...

Já todos sentiamos saudades da tua poesia. Que grande regresso. Espetacular. Como já te disse. Tens ideias excelentes. Adoro-te pa

21 setembro, 2005 23:09  
Blogger João Castela Cravo said...

Olá rapaz, já há algum tempo que não passava por aqui...

Gosto disto, gosto, pois!

20 outubro, 2005 01:15  

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