quinta-feira, julho 07, 2005

Regresso

tudo em mim era bem-vindo
como se prestigiasse
tudo voltava ao seu lugar
como se nada se passasse

enquanto me sentia cada vez mais dentro de mim
ia-me relembrando do ser que era
do ego onde habitara
onde foi feliz
onde me perdi
onde não era despovoado
era eu! um estranho
numa terra estranha
e assim, encontrava-me
e tudo voltava ao seu lugar...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha»
(Ruy Belo)

Miguel, tu tens um dom, guarda-o sempre e não deixes de escrever essas coisas bonitas, quem sabe um dia...
Beijinho

07 julho, 2005 15:30  
Blogger vxcvxvc said...

Tens realmente um dom. Não é um dia. Ainda que nada tenhas publicado, isso não me impede de dizer que mereçes ser publicado e que és seguramente uma promessa e já uma certeza para a nova poesia. Fly!!! But not blind

17 julho, 2005 02:59  

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