terça-feira, dezembro 20, 2005

O dia em que tu chegarias

Abro os olhos...
nasço para um novo dia
acende-se a luz
e com ela as promessas de um outro alvorecer,
tão desconhecido como rotineiro
enraizam-se os pensamentos vazios,
passam os dias sórdidos
perdem-se os sonhos passageiros,
endurecem os sedentários...

Que saudade,
saudade amarga...
daquelas que tortura
este frio perpétuo e temoroso
que mói
mói os ossos até ao mais ínfimo tutano

Chegou o dia em que não consigo aguentar mais a tua ausência
e tu
sem chegar.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Ao mar

Ao mar,
corrompido de herméticas
sonhos estéries e marés vazias.
por ti a dentro
penetrando o horizonte,
afogado em mim...
em viagens eternas,
idas e voltas
em afazeres vãos
que se resvalam
no teu leito.

Ao mar,
com a esperança viva
de um dia
morrer.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Coisas que te disse

E as palavras permanecerão no seu lugar,
moribundas e desejosas
a desfazerem-se nos teus olhos,
a esborratar os teus traços
a gastar o inesgotável sabor a tudo,
em viagens de ida e volta
sem rumo e sem destino
sentadas no teu colo
cedendo a tua beleza,
em abraços de seda
amando,
amando,
amando.
Entre as tuas ausências
e as tuas ausências
permanecem,
em monólogos de silêncio

Mas quando estiveres aqui,
prometo-te...
elas permanecerão mudas,
no seu lugar...
aquele cantinho,
onde não cabe quase tudo
menos a razão.

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