terça-feira, fevereiro 28, 2006

O povo é o maior poeta

O povo é o maior poeta.
escreve a vida a medo
mas isenta de
dor
Angústia
e pensamentos vãos
apenas embarca no seu destino
e comanda o seu própio rumo
o rumo do qual lhe querem tirar o leme,
mas o povo sabe
e sempre saberá
escrever o próximo - não!
saberá sempre onde por
um ponto final!
saberá sempre sair a rua e cantar:
SER POETA É SER MAIS ALTO!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

(as varas que dançam no peito)

Giram as varas de cedro
Mortificando o meu peito
Com suas pontas de lança
Giram, contorcem-se em danças
convulsas e gastas
E penetram mais dentro
Por dentro
No fundo mais fundo
Por dentro de mim
E Cavam para dentro
Em danças confusas
Geladas, obtusas
Rasgando o vento
Em torno de mim

(...)

Bebes a geada nocturna dos meus passos
Sem saberes que o deserto habita nestes braços

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

O Momento

Passam-se dias e meses e nada

Os dias, os meses, as horas

O tempo,

Se eu sou mágoa
Se sou o erro
Se sou a faca
Se sou o medo

O sangue lava
A vida que a nada mais resiste

Sempre a torrente
Negra que não mancha
Sempre esta dor
Esparsa do degredo

O cessar do rio em chamas
É um desvio

Eis o Momento!!!

terça-feira, fevereiro 14, 2006

(...)

As balas que encostas à tua mente
São mentiras disfarçadas da serpente

A miséria

A miséria vive aqui ao lado
Sorve das bocas a alma perdida

E digam?
Quem foi que me deu este olhar?
Quem foi que me ensinou a não cegar?

Quem me deu este sentir?
Quem me deu este chorar?

Quem foi que fez da vida
Este lugar?

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

A vã glória de mandar

a vertigem do poder apodrecia
a multidão enevoada que jazia

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